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O tamarindeiro ( Tamarindus)


Originário da África equatorial e da índia. Cultivado em regiões de clima quente ou temperado, está bem aclimatado no Brasil.
De todas as árvores leguminosas frutíferas dos Trópicos, nenhuma é tão distribuída, e apreciada como ornamental do que o tamarindeiro. A maioria de seus nomes coloquial é variações no termo inglês comum (tamarind). Em espanhol e português, é tamarindo; em francês, do tamarin, o mais tamarinier ou mais tamarindier; em holandês e alemão, Tamarinde; no italiano, tamarandizio e na Índia, é tamarind ou ambli, imli ou chinch. O tamarindeiro é conhecido como um adjetivo qualificado; é aplicado freqüentemente a outros membros da família leguminosae que tem as folhas um tanto similar.

PROPAGAÇÃO VEGETATIVA

A propagação vegetativa pode ser praticada durante todo ano, mas porém, é menos sucedida durante as estações quentes do ano. Este método requer utilização de lâmina d’água, e as perdas podem ser maiores do que a propagação por via sexuada (sementes). Toda, via a utilização de hormônios de enraizamento melhora em muito a eficiência deste método.

O tamarindeiro pode ser propagado vegetativamente por estaquia (ramo verdes, ramos semi-maduros e ramos maduros), enxertia e mergulhia aérea e subterrânea. Para a utilização de qualquer método, é de fundamental importância a escolha de material vegetativo (galhos e ramos) livres de doenças, pragas e danos. Os galhos e ramos com cores das folhas diferentes do verde, devem ser evitados

MATERIAL PARA ESTAQUIA

O método mais fácil e mais barato para a propagação do tamarindeiro, é o método de propagação assexuado por estaquia. Os três tipos de ramos existentes na planta do tamarindeiro são, ramos verdes, semi-maduros e maduros. Porém, apenas os ramos verdes semi-verdes são utilizados para a produção de estacas de enraizamento. As estacas devem ser coletadas pela manhã bem cedo. As estacas devem ter aproximadamente 15cm de comprimento, visto que as estacas provenientes de ramos semi-maduros devem ter aproximadamente de 18 a 20cm de comprimento e com três nós. As folhas devem ser removidas dos nós inferiores devendo permanecer duas folhas opostas, e um corte deve ser feito à base da estaca, em um ângulo de 45º. Obtém-se maior porcentagem de enraizamento de estacas provenientes de ramos verdes comparadas às de ramos semi-maduros. Principalmente quando são de ramos terminais, com folhas novas em desenvolvimento. As estacas verdes ou semi-maduras devem ser envolvidas em um pano úmido após a remoção da planta matriz, para impedir a perda de umidade. Para aumentar a proporção de enraizamento das estacas é essencial o uso de hormônios. As estacas devem ser mergulhadas numa solução de Ácido Indol Butírico (AIB), a 1000 ppm para então ser colocadas em uma câmara de areia com nebulização, proporcionando uma unidade relativa em torno de 75 a 80%.

ÁREAS DE PROPAGAÇÃO E TRATAMENTO DAS ESTACAS

Antes que as estacas sejam retiradas, é necessário que os canteiros de enraizamento dessas, já estejam preparados. Os canteiros devem fornecer condições ideais para um bom desenvolvimento das estacas permitindo o bom desenvolvimento das raízes.

As estacas para formação das mudas não devem ser introduzidas no solo a uma profundidade maior do que 2,5 cm, e o topo da estaca até a superfície do solo, não deve ser maior do que 20 cm. Se disponível, hormônios de enraizamento podem ser adicionados à região de enraizamento das estacas, melhorando assim o percentual de enraizamento, além de reduzir o tempo de enraizamento (10 – 15 dias ao invés de 40 – 50 dias). A extremidade da estaca deve ser umedecida e mergulhada no hormônio de enraizamento por 10 segundos, antes de introduzir no substrato do canteiro de enraizamento. O canteiro deve ser irrigado regularmente, para manter um bom nível de umidade.

Propagação sexuada (via semente)

Os frutos devem estar maduros, sendo selecionados aqueles que não apresentar doenças e não estiver danificados. Os frutos devem ser secados ao sol por cinco a sete dias e ser periodicamente revolvido para uniformizar a secagem.

A extração das sementes é feita manualmente, com a retirada da casca, sendo posteriormente lavadas em água corrente, para remoção da polpa. As sementes, após secadas, deve ser armazenada em um lugar fresco em frascos bem fechados protegidos dos ratos e insetos. O tempo de armazenagem vai depender das condições de armazenamento e da qualidade dos processos de extração e secagem das sementes

PRIMEIRA COLHEITA

O momento em que a árvore do tamarindeiro alcança do método de propagação. Uma árvore propagada com enxertia virá a produzir em 3 a 4 anos, visto que as árvores propagadas por sementes podem demorar até 12 anos para começar a produzir. A boa condução da planta e as circunstâncias locais (clima e temperatura), afetarão também o início da produção. Uma planta propagada por via sexual ( sementes) e bem conduzida em uma área aberta virá a produzir em aproximadamente em 7 anos. Independente do método de propagação, o rendimento das vagens deve estabilizar-se após 15 anos. A planta tem uma capacidade de produção de frutos de aproximadamente 50 a 60 anos, mas pode produzir até mais de 200 anos.

Usos do Tamarindeiro:
Fruto: a polpa, com sabor agridoce, é usada no preparo de doces, bolos, sorvetes, xaropes, bebidas, licores, refrescos, sucos concentrados e ainda como tempero para arroz, carne, peixe e outros alimentos.

Sementes: ao natural servem de forragem para animais domésticos; processadas são utilizadas como estabilizantes de sucos, de alimentos industrializados e como goma (cola) para tecidos ou papel. O óleo extraído delas é alimentício e de uso industrial.

Folhas: o cerne da madeira é de excelente qualidade e pode ser usado para diversas finalidades; forte, resistente à ação de cupins, presta-se bem para fabricação de móveis, brinquedos, pilões, e preparo de carvão vegetal.

Principais Constituintes: Ácido cítrico, málico e tartárico, parciamente combinados sob a forma de sais de potássio e cálcio, sacarose, amido, matérias resinosas, mucilaginosas etc.
Propriedades: Refrigerante, laxativo, edulcorante.
Indicações: Prisão de ventre habitual, com ação laxativa ligeira, útil como temperante nas doenças inflamatórias e febris.
Fontes:
Enciclopédia das Ervas e Plantas Medicinais, René Morgan. Editora Hemus, 1994.
O totum em Fitoterapia, Jean-Luc Sallé. Editora Robe,

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